quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Rabanete
Rabanete (Raphanus sativus L.) é uma planta da família das Crucíferas, originária da região Mediterrânea. A sua raiz apresenta-se como um bulbo comestível de cor vermelha e sabor picante.
Devendo ser consumido cru, em saladas, o rabanete tem a capacidade de limpar os dentes e desenvolver os músculos mastigadores das crianças. Ele também é um bom expectorante natural e estimulante da digestão.


O jacatupé, Pachyrhizus ahipa é um dos poucos gêneros de Fabaceae com raízes comestíveis. O P. erosus é a única espécie cultivada em larga escala para o consumo doméstico e exportação, e vem sendo introduzida em várias regiões, inclusive no Brasil. Entretanto, das cinco espécies identificadas do gênero, duas outras são cultivadas: P. ahipa e o P. tuberosus, ambas originárias da América do Sul, onde são conhecidas como jacatupé .
O jacatupé apresenta algumas particularidades bastante interessantes: do ponto de vista da sistemática, devido à ausência de material ancestral primitivo conhecido; do ponto de vista morfológico, devido à presença de genótipos com hábito de crescimento ereto e curto; e, do ponto de vista agronômico, devido à neutralidade de fotoperíodo, curto ciclo de desenvolvimento (5 meses aproximadamente) e sua considerável adaptabilidade climática. Sua distribuição está limitada entre os vales andinos, na Bolívia, até possivelmente o Peru.
Os resultados das análises do amido do último estudo realizado mostram que o produto está de acordo com os limites estabelecidos pela Legislação Brasileira para amidos comerciais que são: 14% de umidade, mínimo de 80% de amido, máximo de 0,5% de cinzas e acidez máxima (%p/p) de 1,00mL de NaOH N/100g . Entretanto, o teor de fibras foi elevado indicando a necessidade de melhor purificação do leite de amido. São aceitáveis teores abaixo de 0,59%, já que altos teores de fibras podem restringir usos.
A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que P. ahipa apresenta potencial de uso como matéria-prima para as indústrias de amido, principalmente pelas características apresentadas em sua composição química (considerável teor de amido com baixo teor de amilose), tamanho mediano de grânulos e prorpiedades viscográficas com baixa temperatura de pasta, instabilidade da pasta sob agitação em temperatura elevada e tendência à retrogradação, características estas de interesse para diferentes aplicações. Contudo, fazem-se necessários ajustes no processamento para obtenção de melhores rendimentos em amido.
A raiz é o órgão da planta que tipicamente se encontra abaixo da superficie do solo. Tem duas funções principais: servir como meio de fixação ao solo e como órgão absorvente de água, nutrientes, azoto ou nitrogênio e outras substâncias minerais como açúcar potássio e fósforo. Quase sempre subterrânea, há, no entanto, plantas dotadas de raízes especiais, como as figueiras com as suas raízes aéreas, e as plantas epífitas.

Formação das raízes

Nas pteridófitas, as raízes se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento do esporófito, quando ainda preso ao gametófito. Nas plantas com sementes, raízes têm origem no embrião. O precursor da raiz no embrião, a radícula, é o primeiro órgão a se desenvolver no ato da germinação da semente. Nas dicotiledôneas, esta raiz primordial desenvolve-se e torna-se a raiz principal, da qual a maior parte do sistema radicular é derivado. Já em monocotiledôneas, a radícula se degenera, e todas as raízes brotam a partir da base do caule, conhecidas neste caso como raízes adventícias (este brotamento de raízes no próprio caule também é comum em muitas espécies de dicotiledôneas, como as figueiras, clúsias e o mangue-vermelho).
A raiz é essencial para a vida da planta, pois é através dela que a mesma adquire nutrientes e água para sobreviver e consegue assim perpetuar sua espécie.

Estrutura e função

Raízes em corte barranco, floresta em Avaré
Estrutura da raiz, onde a letra c representa a coifa
Nas Angiospermas, é possível distinguir anatomicamente as raízes de caules subterrâneos por aquelas apresentarem xilema na parte mais externa do cilindro vascular e floema na mais interna, quando no caule essa configuração é inversa. Além disso, as raízes não apresentam gemas foliares, que estão presentes nos caules.
Outra característica é a presença da coifa, uma estrutura semelhante a um capuz nas extremidades das raízes, que protegem o meristema apical contra danos causados pelo atrito com o substrato. A coifa é um revestimento de células mortas produzidas pelo próprio meristema. Alguns associam a coifa ao geotropismo positivo das raízes, pois detectaram em suas células grande quantidade de grãos de amido, que se depositam de acordo com a gravidade. Estes grãos orientariam o posicionamento das células em relação ao centro da Terra, fazendo com que as raízes tendessem a crescer para baixo.
Além da coifa, muitas raízes produzem mucilagem, que lubrifica a passagem do meristema na medida em que este avança pela terra, facilitando seu crescimento. Em alguns casos, essa mucilagem é tóxica para outras plantas, impedindo seu crescimento próximo à planta e diminuindo, assim, a competição por espaço, água e nutrientes.
Certas figueiras podem, por vezes, germinar sobre outras árvores. Incapazes de absorver a matéria orgânica presente nos galhos do hospedeiro, como as epífitas, essas figueiras produzem raízes longas e finas que crescem em direção ao solo. Uma vez firmes, essas raízes se engrossam e produzem novas raízes secundárias, que, aos poucos, envolvem a árvore hospedeira. A figueira continua a crescer em volta da árvore até que suas raízes apertem seu tronco e destrua seu sistema vascular. Desta forma, a figueira assume o lugar da árvore onde originalmente germinou.
Em algas e briófitas não há raízes propriamente ditas. Nas primeiras, podem ocorrer apressórios, prolongamentos da base do talo com a função de fixação no substrato. Nas últimas, existem pêlos absorventes responsáveis por algumas funções desempenhadas pelas raízes, mas não passam de uma série de células dispostas em sequência.
FUNÇÃO - essencialmente mecânicas e fisiológicas - promover a fixação da planta, absorver do solo a água e os minerais nele contidos, podendo ainda assumir funções de reserva como outras - desenvolve-se a partir da radícula do embrião, é destituída de clorofila (na maioria dos casos) e nunca possui folhas o que, juntamente com a estrutura interna, permite distinguir em caso de dúvida, como no de certos tubérculos, uma raiz de um caule.
Raiz

Utilidade para o homem

Algumas raízes são comestíveis, como a cenoura, o ginseng, o nabo o rabanete a mandioca e a beterraba. Estas raízes não devem ser confundidas com tubérculos como a batata, nem bulbos como a cebola, pois estes são caules subterrâneos, e não raízes.
Algumas raízes são consideradas medicinais (como o próprio ginseng). Um grupo brasileiro chegou a pesquisar, em 1979, os efeitos anticancerígenos das raízes de Ternstroemia brasiliensis, uma Theaceae.

Tipo de raízes

Raízes subterrâneas

  • Raiz aprumada, raiz axial ou raiz pivotante - apresentam raiz principal, coifa menor do que as demais, seu comprimento é maior que o das outras, e também ramificações ou raízes secundárias. São características de dicotiledôneas. A axial tem a função também de fazer a fotossíntese.
  • Raiz fasciculada ou raiz em cabeleira - gramíneas e outras hipocotiledoneas têm um sistema de raiz fibroso, caracterizado por uma massa de raízes aproximadamente de igual diâmetro. Esse sistema de raízes é denominado de raiz múltipla, ramificada ou fasciculada e não surge como os ramos da primeira raiz, como no caso das raízes axiais; em vez disso, consiste de numerosas raízes em feixes que emergem da base do caule e tem tamanho maior do que a folha.
  • 'Raiz tuberosa - contém grande reserva de substância nutritiva e é muito utilizada na nossa alimentação. Como exemplo dessas raízes, podemos citar a mandioca, cenoura, o cará, a batata-doce.
Obs.: Não confundir raiz tuberosa com caule tuberoso: a planta com raiz tuberosa possui o caule e as folhas fora do solo, ex: mandioca. Os caules tuberosos são aqueles que possuem o caule e a raiz debaixo da superfície do solo.

Raízes aéreas

As raízes aéreas se desenvolvem no caule ou em certas folhas. Classificam-se em duas categorias: caulógenas (também denominadas normais) e adventícias, ambas de origem indígena.Ou seja que seu desenvolvimento seja acima do solo.
  • Raiz suporte ou raiz escora - quando uma planta possui um caule ou um conjunto de raízes muito fraco e essas raízes suportes são responsáveis pela ajuda na sustentação da planta.
  • Raiz estrangulante - também chamadas de cinturas ou estranguladoras, São adventícias que abraçam outro vegetal, e muitas vezes seu hospedeiro morre por falta de seiva. ex: araçá, pega-pau.
  • Raiz tabular - é uma raiz lateralmente achatada, como uma tábua. Esse tipo de raiz ocorre em árvores de grande porte e ajuda na fixação e estabilidade da árvore. O xixá e a Figueira são bons exemplos de raízez tabulares.
  • Raiz velame ou raiz cintura - é uma estrutura presente nas raízes aéreas das orquídeas; Tem a função de absorver água da atmosfera.
  • Raiz grampiforme - prendem o vegetal em suportes, emitem uma espécie de grampo que os prende, como muros e estacas. Ex: a raiz da hera.
  • Raiz respiratória ou pneumatóforo - são raízes de algumas plantas que se desenvolvem em locais alagadiços. Nesses ambientes, como os mangues, o solo é geralmente muito pobre em gás oxigênio. Essas raízes partem de outras existentes no solo e crescem verticalmente, emergindo da água; possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico.
  • Raiz sugadora ou raiz haustório - As plantas que possuem esse tipo de raiz são considerados parasitas , pois vivem à custa da outra planta. Essas raizes são adaptadas a extração de alimentos de plantas hospedeiras,sendo caracteristica de planta parasita como:cipó chumbo e a erva-de-passarinho.

Raízes aquáticas

Como o próprio nome sugere, são raízes que se desenvolvem em plantas que normalmente flutuam na água. Sua função, diferente das subterrâneas, não é de fixação, mas de absorção de água e sais minerais.

Raízes tuberosas

Raízes em corte barranco, floresta em Avaré
Muitas plantas acumulam material nutritivo de reserva em suas raízes. Em várias espécies, as raízes ficam dilatadas e recebem o nome de raízes tuberosas. Muitas destas raízes são usadas na alimentação humana, como a cenoura, a beterraba, a batata-doce, a mandioca e o nabo.